Como eu descobri que meu estilo pessoal já não tinha mais a minha cara
Durante muito tempo, eu achei que tinha um estilo que era “meu”. Ele estava lá, no meu armário, nas peças que eu repetia, nos looks que as pessoas já esperavam me ver usando. Mas, de repente, olhar para o meu guarda-roupa já não me trazia aquela sensação de pertencimento. Eu me via ali… mas, ao mesmo tempo, não me reconhecia mais.
Essa é a história de como percebi que meu estilo pessoal já não tinha mais a minha cara e de como esse insight mudou completamente a forma como eu me visto.
Quando a roupa vira armadura
Ao investigar o que estava acontecendo, percebi que muitas das minhas escolhas não vinham de um lugar de expressão, mas de proteção. Minhas roupas funcionavam como armadura. Eram peças que me deixavam séria, sempre “pronta para qualquer batalha”, transmitindo confiança e força.
O problema? Esse peso começou a me sufocar. Eu estava tão focada em parecer inabalável que deixei de lado a leveza e o prazer de me vestir. Vestir-se deixou de ser um ato de conexão comigo mesma para se tornar uma performance constante.
Quando o estilo não conversa mais com quem você é
Foi doloroso admitir: eu estava bem vestida, mas não estava bem comigo mesma.
Comecei a me perguntar:
“Será que meu estilo está me ajudando a ser quem eu quero… ou está me mantendo presa ao passado?”
E a resposta, por mais incômoda que fosse, era clara. Meu guarda-roupa representava uma versão antiga de mim, que já não existia mais.
Além disso, comecei a viver uma situação frequente: sair da minha zona de conforto com alguma peça nova e me arrepender. Lembro quando comprei uma blusa de oncinha — achei que seria uma ousadia divertida, mas ela nunca empolgou.
O ponto de virada: inspirações para a nova fase
Quando finalmente percebi que meu estilo não me representava mais, veio a parte mais instigante: decidir quem eu queria ser daqui pra frente.
Comecei a buscar referências de mulheres que me inspiram, não para copiá-las, mas para entender que elementos me encantam:
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Roupas com mais fluidez e movimento, que expressem leveza.
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Cores e texturas que tragam frescor.
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Maquiagens e cabelos mais naturais, mas ainda assim com presença.
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Peças que comuniquem autenticidade, e não apenas adequação.
Era menos sobre tendências e mais sobre identidade. A pergunta que guiou esse processo foi simples: essa peça conversa com a mulher que estou me tornando?
A lição por trás dessa descoberta
Perceber que meu estilo já não tinha mais a minha cara foi um exercício de autoconhecimento. O armário funciona como um espelho silencioso: ele revela muito mais sobre nós do que imaginamos. E quando essa imagem deixa de representar quem somos, é sinal de que algo precisa mudar.
Essa constatação foi o primeiro passo da minha jornada para me vestir com intenção — e não mais por obrigação.
A partir daqui, comecei a abrir espaço para um guarda-roupa que me faça sentir inteira, confiante e verdadeira.
Se você também sente que suas roupas já não traduzem quem você é, talvez seja hora de se perguntar: quem é a mulher que quero ver refletida no espelho?
A resposta pode estar escondida entre cabides e gavetas… só esperando que você tenha coragem de encontrá-la.
Assista à série completa no YouTube em que eu mostro e falo sobre todo o meu processo de transformação do estilo pessoal: Clique aqui para ver o Episódio 2
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