O mito da roupa nova: o que realmente transforma seu estilo
Durante muito tempo, eu acreditei que a solução para meus dias de “nada para vestir” era comprar algo novo. Sempre que me sentia desconectada da minha imagem, a primeira reação era correr para as lojas. E, por alguns dias, funcionava. A novidade trazia aquela sensação de frescor. Mas logo depois, tudo voltava ao normal — e eu novamente me via insatisfeita diante do espelho.
Quando fiquei adepta do minimalismo e essencialismo eu comecei a consumir com mais consciência e deixei as comprar por impulso de lado. No último ano eu me perdi por várias vezes no meu estilo pessoal e não, não tenho vergonha de falar sobre isso. Por estar totalmente perdida e sem direção eu comecei a comprar peças que não tinham nada a ver comigo ou com o meu estilo pessoal e aí, já dá para imaginar o que aconteceu.
Foi só quando comecei o projeto de redefinir meu estilo que entendi: o problema nunca foi a falta de roupas. Era a forma como eu estava usando as peças que já tinha.
Por que comprar não resolve (e às vezes piora)
Comprar algo novo pode até parecer a solução mais rápida, mas quase sempre é só uma forma de silenciar um incômodo mais profundo: o de não se reconhecer mais nas próprias roupas.
O ciclo é sempre o mesmo: você compra, se sente bem por alguns dias e depois volta à estaca zero. Isso acontece porque estilo não se constrói com quantidade, e sim com clareza, intenção e repertório visual.
O exercício que mudou minha relação com meu guarda-roupa
Quando decidi fazer a série 90 dias para mudar meu estilo pessoal, eu comecei a entender que o problema central não estava diretamente ligado as minhas roupas, que a imagem precisava de mais atenção, intenção e direção.
Eu me senti pressionada a comprar roupas novas por causa da série, foi então que após uma semana em São Paulo e um corte de cabelo (já previsto) eu entendi que as roupas não eram o problema do meu estilo, mas a forma como eu estava usando as roupas do mesmo jeito por tanto tempo. Na verdade eu precisava mesmo era de styling no meu guarda-roupa e não de um guarda-roupa novo.
Então, quando voltei para o litoral, eu fiz um exercício simples que mudou completamente minha forma de vestir:
-
Misturei peças que nunca tinha combinado antes.
-
Brinquei com sobreposições e camadas.
-
Usei acessórios de formas diferentes.
-
Reinterpretei roupas que achava “básicas demais”.
Esse processo me mostrou que o verdadeiro poder do estilo está no styling, não no número de peças. O que faltava não era roupa, era criatividade.
Menos compras, mais autenticidade
Redefinir meu estilo aos 42 anos não significou começar do zero. Significou olhar para o que eu já tinha com um novo olhar. Descobri que muitas peças que eu considerava “sem graça” ganhavam vida quando usadas de forma intencional.
Hoje, antes de comprar qualquer coisa, me pergunto:
-
“Estou tentando resolver um problema de estilo ou preencher um vazio momentâneo?”
-
“Essa peça realmente vai somar ao meu guarda-roupa atual?”
Quase sempre, percebo que a resposta está dentro do meu armário — e não na vitrine.
Estilo não está na loja, está no seu olhar
O que aprendi nesse processo é simples: você não precisa de roupas novas para ter um estilo novo. Precisa de consciência sobre quem você é, criatividade para usar o que tem e coragem para experimentar novas combinações.
Antes de abrir o site de compras, abra o seu guarda-roupa. Você pode se surpreender com o que já está ali.
Não se esqueça de me seguir nas redes para conteúdos e looks incríveis, possíveis e realistas no PINTEREST, INSTAGRAM e YOUTUBE.
Comentários
Postar um comentário